Os análogos de GLP-1, representados pela liraglutida, dulaglutida e semaglutida constituem as medicações mais modernas e eficazes para o tratamento do diabetes do tipo 2. Adicionalmente, são uma das poucas medicações que comprovaram proteção cardiovascular, diminuindo o risco de infarto e AVC e que promovem perda significativa de peso, sendo que a liraglutida já é medicação aprovada para o tratamento da obesidade. Um dos principais empecilhos para o uso dessas medicações, além do custo, é o modo de aplicação. São medicações de uso subcutâneo, ou seja, injetável. A maioria das pessoas, realmente tem preferência por usar medicações orais e optam pelo tratamento mais cômodo para a sua doença.
A novidade boa é que o FDA acaba de aprovar a versão oral da semaglutida, ou seja, em breve teremos no mercado o 1o análogo de GLP-1 de uso oral, denominado Rybelsus. Os estudos comprovaram eficácia semelhante à semaglutida injetável, bem como os seus outros benefícios: baixo risco de hipoglicemia, perda de peso e segurança cardiovascular. Os efeitos colaterais são muito semelhantes aos da classe GLP-1 e incluem sobretudo sintomas gastrointestinais como ânsia, náuseas e alteração do hábito intestinal. Certamente, a disponibilidade do análogo de GLP-1 via oral auxiliará na adesão ao tratamento, trazendo mais conforto e comodidade ao paciente.
Dra. Vanessa Aoki Santarosa Costa
Médica Endocrinologista formada pela Escola Paulista de Medicina - Universidade Federal de São Paulo
Mestrado pela Escola Paulista de Medicina - Universidade Federal de São Paulo
Foi médica colaboradora no Ambulatório de Diabetes Gestacional da UNIFESP
Atua em consultório médico particular na Vila Clementino, Zona Sul, São Paulo.